É tão estranho o fim!
Não podemos mais, juntos,
Compartilhar momentos
Sem que isso passe a impressão
De que todo o tormento
Continua em mim.
Quando, na verdade,
De ti, só quero
A paz de nossa amizade
E as sensações impagáveis
Que nos aproximaram assim.
Pôr um fim é ser desumano!
É não crer no amor platônico
Deixar o castelo ser levado
Com o vento, pela praia.
É considerar o sentimento insano
Que o medo atônito
Desperta no anonimato
Da nossa distância.
Pôr um fim é desvalorizar
Todas as qualidades
E até desigualdades
Que nos uniram
Nos colaram.
É transformar atração
Em meras cargas iguais.
Que se repelem, se separam
E mandam para longe
Toda a emoção
Que não lhe emociona mais.
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