sábado, 9 de maio de 2009

Suor

Introdução

Na dança, no teatro e em todos os outros tipos de expressão corporal, como também em muitos pontos do cotidiano, aprendemos a exaltar o Corpo. O seu, o meu, o dele, os deles. O corpo como algo bendito, magnífico, merecedor de respeito, de apreciação. Aprendemos a nos livrar do pudor ao corpo alheio, do pré-conceito e da racista imaginação.

Aprendemos a apagar a distância que há entre mim e ti, a apagar também esse receio entre os contatos. Homens, mulheres, mulheres, homens, homens. Tudo é uma coisa só. São corpos. Um, três, dez, enfim, fazem o grandessíssimo espetáculo da vida em um só. Vivos ou mortos. Brilhantes, lindos, exuberantes. E a cada movimento teu eu posso ouvir um suspirar. Porquê nele sempre há fortes traços de regionalidade, personalidade, intensidade. O respeito não vem do limite básico entre pessoas, e sim da aproximação exagerada, pois os corpo precisam se comunicar. A fala é apenas necessária quando não conseguimos dizer o que queremos dizer, simplesmente com a expressão.


Suor

Toda gota derramada
Desse teu corpo sagrado
Consagrado
Cansado
Suado
É amor.

Aquilo que te esforçou.
Puxou de ti a energia
Fundamental na tua vida.
Que te calou, te concentrou,
te necessitou,
Finalizou a tua ânsia,
Não teve importância,
Pois tudo isso foi amor.

Aquilo a que tu se dedicou.
Doou teu corpo, tua alma
O teu calor,
Tua vitalidade,
aquilo que te acalma
enquanto te rouba forças,
só existem porque
suor é amor.

E não há nada no mundo
Que te sue sem motivo,
aquilo a que tu se entrega
comovido,
forte, resistente,
às vezes quase padecendo,
mas vivendo
eternamente
na lembrança de quem recebeu,
de mãos abertas,
o teu suor,
É e sempre será amor.

Suor
por proteção,
por saudade,
por educação,
por lealdade,
por bondade,
por emoção.
Não há limitação
Ou prova maior,
maior doação,
do que é o amor
em construção
a Suor.

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